segunda-feira, 2 de maio de 2011

Encontro com Rebeca

Começa mais um dia de tédio nesse fim de mundo. Mais um mês começando e eu aqui contando os dias para que cheguem logo as férias.
Acordo com a chuva batendo na janela. Existe forma pior de acordar? A chuva, aquele frio, sua cama bem quentinha. É um pecado você ter que levantar. Mas tudo bem, vamos à aula.
Chegando, me dou de cara com dois rostos totalmente diferentes na sua expressão; Bernardo bem alegre, só faltando pular de tanta felicidade, e Rebeca com uma cara de tristeza que não tinha fim.
Bernardo Pulou nos meus braços, dizendo que queria muito falar comigo. A Rebeca esperou toda a euforia inimaginável do Bernardo passar pra vir falar comigo. Dispensei o Bernardo, disse que depois falaria com ele. Estava muito preocupado com o que Rebeca tinha. Antes de ter tempo de falar qualquer coisa, ela me disse:
-Pedro, contei aos meus pais.
Assustado, perguntei como eles tinham reagido. Ela me mostrou a marca de pontos na barriga.
-Por isso que você faltou tantas aulas e não me respondia né?! Falei com um tom bem assustado.
Rebeca me puxou para uma mesa do pátio e me contou tudo. Fiquei emocionado. Passamos muito tempo abraçados, até sermos interrompidos por Bernardo. Que dessa vez pede, educadamente a Rebeca um pouco do meu tempo. Ele me leva até a biblioteca, entramos numa sala de estudos e ele começa a falar sobre uma possível festa num galpão que nunca mais tinha tido, mas que era muito boa, porém só são convidadas pessoas selecionadas a dedo. Falei que era impossível eu ser convidado. Ele diz na mesma hora: Se eu conseguir uma cortesia você vai comigo? Digo Sim. Saiu rápido, estranhando esse convite. Encontro Rebeca, que não apresenta mais olhar de tristeza, e me pergunta como foi.
-Me chamou pra festa do galpão
-Como assim? Rebeca fica pasma.
-Como assim? Eu fico pasmo.
-MEU DEUS DO CÉU! Falamos na mesma hora.
O intervalo começa, perdemos o primeiro horário. Todos começam a se aproximar e terminamos a conversa por ali.

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